Ceará descarta gripe aviária em Salitre com laudo negativo

Foto: Ari Dias/AEN

O resultado de uma suspeita de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade, H5N1) no Ceará deu negativo nesta quarta-feira, 21 de maio, conforme informou a Casa Civil do Governo do Estado.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) investigava um caso no município de Salitre, na região do Cariri. Com isso, o Estado é considerado livre da doença.

As amostras foram coletadas e encaminhadas para análise laboratorial em São Paulo e o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), Elmo Aguiar, acompanhava o caso. 

O resultado negativo diz respeito à coleta feita em uma criação de fundo de quintal no município de Salitre. Foram coletadas amostras de sangue, swab de traqueia e cloaca como parte da vigilância ativa para identificar possíveis infecções pelo vírus da Influenza Aviária.

“Os cearenses podem se tranquilizar, pois o Estado continua livre da Influenza Aviária. Lembramos que a Agência já realizou mais de 20 atendimentos em aves silvestres e de criações de subsistência com essa mesma suspeita. Em todas elas realizamos coleta e encaminhamos ao laboratório oficial do Ministério e, em todas, as amostras foram negativas”, acrescentou, em nota, Elmo Aguiar.

Antes deste laudo negativo para o Cariri, o Estado já tinha realizado 22 atendimentos, em que 13 houve suspeitas, por apresentarem sintomas da gripe, mas em todos o resultado deu negativo.

Até então, aguardavam a amostra de Salitre, que era em uma criação de galinhas, um rebanho pequeno, de cerca de 40 animais.

“Na realidade, dois animais que ficaram nessa situação, com características que podiam ser o caso da gripe aviária”, detalhou.

O galinheiro ficou monitorado em uma espécie de quarentena desde a suspeita, na quinta-feira, 15, da semana passada. 

Elmo relatou que geralmente as respostas do Mapa são dadas com rapidez, mas ele disse que como teve muito pedido de verificação no Brasil, o prazo se estendeu. 

Dentre as medidas para evitar a doença, o presidente da Adagri destacou a importância do Ceará, que tem cadastro de criadores de galinha e até de bovino. “Nós temos que ter vigilância, é o que a gente faz.”

Em relação ao aparato, disse que hoje são 40 escritórios no interior do Ceará, com 14 regionais, além do apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e das Prefeituras municipais, nas Secretarias da Agricultura.

“Qualquer informação, qualquer cidadão que tenha qualquer uma dúvida, ele pode se deslocar a uma Secretaria da Agricultura, à Emater ou ao escritório da Adagri, ou no site da Adagri e se comunicar, que a gente imediatamente toma providência e vai em qualquer recanto desse Estado para fazer a coleta”, reforçou Elmo.

Ele declarou que mantém contato frequente com a Associação dos Avicultores no Estado do Ceará (Aveac), por meio do presidente da entidade, João Jorge Reis. 

Para reforçar, a Adagri também enviou nota explicando que tem intensificado as ações de vigilância em granjas comerciais e criações de aves de subsistência, especialmente após o registro do primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Montenegro, em uma granja de reprodução (matrizeira), no último dia 15.

O Mapa, por meio da publicação da Portaria nº 795/2025, declarou o município em estado de emergência sanitária.

"A Agência reforça a importância dos criadores adotarem medidas rigorosas para evitar a entrada da doença em suas propriedades. As medidas incluem: aquisição de aves somente de locais registrados na Adagri, garantir que o transporte de animais seja acompanhado da Guia de Trânsito Animal (GTA) e adoção de práticas rigorosas de biosseguridade nas granjas."

Outro ponto que o órgão destaca é que a Influenza Aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos. "O risco de transmissão para seres humanos é considerado baixo e restrito até mesmos para pessoas que têm contato direto e intenso com aves doentes."

Com informações de OPOVO

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