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O Ceará tem atualmente 39 açudes sangrando, e ainda aporte de água importante nos 157 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Esse cenário reflete um aporte hídrico significativo, considerado o maior desde 2009, ainda segundo dados da Cogerh.
Entre os reservatórios que atingiram a capacidade máxima e começaram a verter está o Orós. Em 26 de abril último, o reservatório transbordou. A data marcou uma coincidência histórica: a última vez que o açude havia vertido tinha sido em 27 de abril de 2011.
Com capacidade para armazenar 1,9 bilhão de metros cúbicos de água, o Orós — localizado no Centro-Sul do Ceará, a cerca de 450 km de Fortaleza — vinha recebendo recargas significativas desde fevereiro, acumulando sucessivos aportes diários. Em 2024, o reservatório já havia encerrado o ano com 58,72% da capacidade
Os outros dois principais reservatórios do Ceará estão em situação diferente. O Açude Banabuiú, com 36,3% da capacidade, e o Castanhão, maior do estado, com 29,8%.
Esses números indicam uma recuperação das reservas hídricas, especialmente nas bacias hidrográficas do norte do estado, que apresentam volumes acima de 70% da capacidade total.
Apesar dos avanços, a realidade na bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús contrasta com menos de 25% de sua capacidade hídrica acumulada. Outros 30 reservatórios do Ceará apresentam volumes abaixo de 30% de sua capacidade, destacando os desafios persistentes impostos pelo clima semiárido da região, com chuvas distribuídas de forma irregular no tempo e espaço.
A Cogerh segue monitorando os reservatórios e implementando estratégias para garantir a gestão eficiente da água no estado. O acompanhamento contínuo dos açudes permite antecipar cenários e tomar decisões estratégicas para o uso sustentável dos recursos hídricos.
Com informações do portal GCMais
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