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| Foto: Reprodução |
Uma mulher de 41 anos, grávida de quatro meses, conseguiu fugir após viver cerca de dois anos mantida em cárcere privado, sendo diariamente torturada pelo companheiro e pela sogra, em Juazeiro do Norte. O caso é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
A vítima escapou na noite de terça-feira, 2, ao perceber que a porta da residência onde era mantida presa não estava totalmente trancada. Desorientada e muito abalada, ela pediu ajuda a agentes da Guarda Municipal nas proximidades da Praça José Geraldo da Cruz.
O companheiro, um tatuador identificado como Santiago de Almeida Borges, de 43 anos, e a mãe dele, Gilka Almeida, de 70 anos, eram responsáveis pelas agressões. Ambos foram presos em flagrante.
A vítima apresentava múltiplas lesões pelo corpo; braços, costas, mãos, pernas, pescoço e rosto, além de marcas de queimaduras, sinais de amarração e indícios de sufocamento. Ela contou que era impedida de sair ou manter contato com a família.
Um dos relatos é o de que o agressor realizava tatuagens em seu corpo para depois queimá-las com um ferro quente, causando ferimentos graves. A sogra, segundo a vítima, participava ativamente das agressões: amarrava a mulher, jogava água em seu rosto e a auxiliava nos espancamentos. Os agressores diziam que a vítima estava “com um demônio”.
A Guarda Municipal prendeu o homem e a mãe dele na residência onde os crimes aconteceram. Eles foram conduzidos à unidade da Polícia Civil e autuados pelos crimes de lesão corporal dolosa, sequestro, cárcere privado e violência doméstica e familiar contra a mulher. O suspeito já possuía antecedentes por lesão corporal e violência doméstica.
Nessa quarta-feira, 3, a mulher, que havia sido acolhida e encaminhada para atendimento especializado, perdeu o bebê em decorrência das agressões sofridas, segundo informações confirmadas pela Delegacia da Mulher.
A DDM de Juazeiro do Norte segue acompanhando o caso. Os dois suspeitos permanecem presos e à disposição da Justiça. A vítima está recebendo acompanhamento médico e psicossocial.
Com informações da Rádio OPOVO/CBN Cariri
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