![]() |
Foto: Reprodução |
Exatamente dez dias depois e mais um crime de infanticídio foi registrado na região do Cariri. Por volta das 13 horas deste domingo (11) o recém-nascido Paulo Ricardo Dias da Silva, de um mês e dez dias, que residia na Travessa Moisés Fernandes (Timbaúbas) em Juazeiro, morreu pouco tempo após dar entrada no Hospital Infantil Maria Amélia Bezerra. O médico plantonista notou sinais de agressões com hematomas na cabeça, abdômen, membros inferiores e a polícia foi acionada.
Policiais civis e militares agiram rápido prendendo os pais do bebê o casal Lilia Maria dos Santos, de 29, que trabalha como promotora de vendas, e Paulo Roberto Alves da Silva, de 24 anos. Nas averiguações, os policiais souberam ainda que, duas semanas antes, o mesmo bebê tinha dado entrada com fratura num dos braços. Na 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juazeiro os dois foram autuados em flagrante por homicídio qualificado pelo delegado Douglas Duremberg.
No momento da prisão e na conversa com policiais, ela disse ter levado o bebê ao hospital juntamente com o seu esposo pelo fato de a gripe ter piorado apresentando dificuldades para respirar. Sobre o caso anterior da fratura, falou que o recém-nascido tinha dormido sobre o braço. Já em relação aos hematomas, Lilia atribuiu a “arranhões e picadas de um besouro”.
Um pouco mais adiante comentou sobre problemas psicológicos após o parto explicando que, quando o bebê chorava à noite, tinha reações explosivas. Acrescentou que só percebia lesões na criança no dia seguinte sem lembrar que tivesse praticado qualquer agressão. Também falou que o bebê foi fruto de uma “gravidez indesejada”, porém jamais pensou em matar apesar de desejar que não tivesse existido.
Da vez anterior, quando houve a fratura, já tinham surgido desconfianças de maus tratos. Por isso, antes de retornar com a criança ao hospital neste domingo retirou o gesso do braço do bebê. Para o delegado Douglas Duremberg, Lilia negou que tivesse obtendo algum acompanhamento psicológico. Enquanto isso, o pai declarou que a criança sempre ficava tranquila nos seus braços ao contrário da mãe quando “chorava muito”.
Sobre o braço fraturado anteriormente, Paulo Roberto falou que tinha sido ao enganchar na grade do berço. Ele disse mais ao delegado que dormia num cômodo separado e confessa já ter ouvido, pela madrugada, algo semelhante a tapa e a mulher falava que era matando muriçocas. Comentou ainda que, em relação às lesões, a mulher falava que era picadas de insetos.
O mesmo chegou a definir a esposa como “bruta” e costumava perguntar sobre os questionamentos sobre o jeito dela de ser mãe. No seu depoimento perante à autoridade policial, confessou também já ter sido agredido por Lilia com um fio. Entretanto, acrescentou jamais ter visto a esposa agredir a criança e nega ter agredido o filho.
Com informações da Agência Miséria
Tags
POLÍCIA