O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE, trouxe pela primeira vez a pergunta sobre qual meio de transporte ocupa a maior parte do tempo no deslocamento ao trabalho. Em Milagres, o retrato da mobilidade revela uma cidade em que a motocicleta já é o principal meio de transporte do trabalhador, com impactos claros no cotidiano urbano e nas prioridades do planejamento público.
Motocicleta lidera; andar a pé segue presente no cotidiano
Os números mostram que 29,98% dos trabalhadores de Milagres passam a maior parte do tempo do deslocamento para o trabalho de motocicleta — percentual que supera os que vão a pé, que representam 28,63%. A diferença reforça a crescente motorização nas cidades do interior, onde a moto aparece como opção ágil e acessível para rotinas que misturam deslocamentos urbanos e trechos para áreas rurais.
Veículo próprio e bicicleta completam o cenário
O automóvel aparece em seguida, com 19,07%, enquanto a bicicleta mantém papel importante, com 9,6%. Esses dados indicam uma mobilidade diversa: há quem ainda caminhe por distâncias curtas, muitos que optam por motos pela praticidade e outros que utilizam carro ou bicicleta conforme as necessidades.
Transporte coletivo com participação pequena
Os meios coletivos têm participação reduzida no município: trem ou metrô, que só existem na região metropolitana do Cariri, registrou 6,57% e ônibus aparece com 6,15%.
O que muda na forma de medir deslocamentos
O IBGE inovou ao pedir o meio em que a pessoa passa a maior parte do tempo no trajeto ao trabalho — mesmo que utilize mais de um modal. Essa metodologia oferece uma visão mais realista do que, efetivamente, caracteriza o deslocamento cotidiano, e é especialmente útil para municípios onde o uso combinado de meios é comum.
Tags
MILAGRES