Promotor de Justiça em Mauriti pega microfone de manifestantes e promete ver o caso de uma criança assassinada

Foto: Reprodução

Um manifesto por justiça na manhã desta sexta-feira (27) em frente ao Fórum de Mauriti, atraiu o promotor que participava de uma sessão do júri. Os manifestantes clamavam por justiça em relação ao caso de uma criança encontrada morta no dia 6 de maio em meio às pedreiras perto do Parque Araticum em Mauriti. O Promotor de Justiça, Rafael Couto Vieira, que está respondendo pela comarca do município, saiu do fórum e foi ao encontro das pessoas no meio da rua.

Já de microfone em punho, se compadeceu com a situação observando que o papel do promotor é atuar defendendo a comunidade. Ele foi aplaudido pelos presentes ao prometer que, ainda nesta sexta-feira, iria se reunir com a Polícia Civil para se inteirar melhor sobre o andamento das investigações. Além disso, considerou correto e justo o grito da comunidade por justiça lamentando os tempos de “selvageria” em que vivemos atualmente.

O promotor Rafael Couto até se emocionou ao falar sobre a dor da família acrescentando ser o luto algo que “demora a cicatrizar” e se referiu à perda recente na sua família o que “ainda hoje dói”. Por fim, prometeu buscar justiça por Thiago dizendo ter certeza que a titular da promotoria de Mauriti vai seguir nessa luta, pois “o seu sangue é vermelho”.

Francisco Thiago Martins Furtado, de 12 anos, o “Thiaguinho” residia no Sitio Queimadas em Mauriti. Ele saiu de casa no dia 2 de maio avisando que iria para a vaquejada que estava acontecendo no Parque Araticum e não mais retornou. Quatro dias depois o corpo foi encontrado em local de difícil acesso de onde foi retirado por militares do Corpo de Bombeiros.

Em meio ao manifesto, na manhã de hoje, a genitora do menino no caso Joziele Martins Galego rodou por justiça. Ela disse que “Tiaguinho” foi torturado e espancado até a morte. “Quebraram costelas, braço, pé e dentes o que não se faz nem com um animal”, declarou denunciando que mataram o seu filho e jogaram o corpo nas pedras.

Com informações da Agência Miséria

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