Justiça acolhe denúncia contra 12 empresários do Cariri por adulteração de oxigênio medicinal

Foto: Reprodução

A Justiça do Ceará, por meio da 11ª Vara Criminal de Fortaleza, aceitou denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) contra 12 empresários acusados de adulterar e comercializar oxigênio medicinal durante a pandemia da Covid-19. Entre os réus estão os proprietários de três empresas do Cariri: Crajubar Gases LTDA, do Crato; Oxigênio Cariri LTDA, de Barbalha; e Líder Gases (Oxigênio Padre Cícero Eireli), de Juazeiro do Norte.

De acordo com o MPCE, os empresários são investigados por repassar oxigênio industrial como se fosse medicinal, vendendo o produto adulterado para clínicas e hospitais públicos e privados na Capital e no Interior do Estado, em pleno auge da pandemia.

As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e começaram em 2020, após denúncias anônimas. Segundo o promotor Patrick Oliveira, integrante do Gaeco, algumas das empresas envolvidas chegaram a participar de licitações públicas, o que agravou a gravidade do caso.

O MPCE apontou ainda a existência de pelo menos duas empresas clandestinas responsáveis pela adulteração dos cilindros de oxigênio. Uma delas funcionava na região do Cariri, onde o produto industrial era manipulado e vendido como medicinal, com o objetivo de aumentar os lucros durante o período de alta demanda hospitalar.

A dona da Líder Gases, sediada em Juazeiro, afirmou que, na época dos fatos, quem administrava o negócio era seu ex-marido, atualmente proprietário da Crajubar Gases, também investigada. Ela declarou ter assumido a empresa apenas após a separação e disse não ter mais contato com o ex-companheiro.

Em nota, a assessoria jurídica da Crajubar Gases informou que a empresa ainda não foi notificada oficialmente da decisão judicial e que “no momento processual oportuno irá apresentar todos elementos probatórios que elucidarão o caso e demonstrarão a sua completa inocência".

Já a defesa da Oxigênio Cariri LTDA informou que o caso tramita sob segredo de Justiça e que as defesas foram recentemente constituídas e ainda não tiveram acesso à íntegra da denúncia nem aos documentos que embasam a imputação.

Com informações da Rádio OPOVO/CBN Cariri

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